O papel e eu
A primeira vez que tive vontade de escrever foi ao encontrar uma pequena agenda antiga de meu pai, ali li poemas que falavam de amor, saudades, escritos sobre a vida, naquele velho caderninho escrevi meu primeiro poema, um poema que nem rima sequer tinha, mas ao final escrevi "é assim, de pai para filha", mais tarde descobri que minha mãe também escrevia, acredito que a escrita seja um dom de família, mas parando para pensar nunca mais vi meu pai escrever, talvez fosse um dom dado para ele e sem fazer uso, apenas o guardou na gaveta, até que eu achasse e a escrita passasse a estar presente em minha vida, recordo-me de ainda pequena, montando histórias sobre meus ursinhos de pelúcias e passar para o papel, o papel sempre foi o meu melhor amigo, no encontro do primeiro amor, na hora do coração partido, no adeus que não queria ser dito, o refugio na hora do perigo, através do papel expos as minhas mais profundas orações nas noites angustiantes, nunca entendi o porque das palavra