Sustentabilidade começa em casa: como a coleta seletiva transforma o meio ambiente e a sociedade

A coleta seletiva é um dos pilares mais importantes na gestão sustentável de resíduos sólidos urbanos. Trata-se da separação correta de materiais recicláveis, como papel, plástico, vidro e metal, dos resíduos orgânicos e rejeitos. Além de evitar o acúmulo indevido de lixo em aterros sanitários, essa prática contribui diretamente para a preservação dos recursos naturais, a redução da poluição e a geração de renda por meio da reciclagem.

Em um mundo que enfrenta desafios urgentes relacionados à mudança climática e à degradação ambiental, ações locais podem gerar impactos significativos. Pensando nisso, a cidade de Sumaré, no interior de São Paulo, vem dando passos concretos em direção a um futuro mais sustentável. Nesta semana, representantes da Prefeitura realizaram uma visita técnica à Coperlínia, uma cooperativa localizada em Paulínia, que é referência em coleta seletiva com inclusão social. 

A proposta é inspirar-se no modelo da cidade vizinha e implantá-lo em Sumaré, começando pelas 42 escolas da rede municipal, com ações de educação ambiental voltadas à conscientização de alunos, famílias e toda a comunidade escolar. A intenção é expandir gradualmente o sistema de coleta seletiva para todos os bairros da cidade, promovendo transformação ecológica e social de maneira integrada. (leia a materia completa no portal da cidade). 

A sustentabilidade é um compromisso coletivo, mas ela começa com atitudes individuais. A boa notícia é que iniciar a coleta seletiva em casa é simples e pode se tornar um hábito diário. Para isso, é possível começar separando os resíduos em dois grupos principais:

1º grupo: recicláveis, inclui papel, papelão, plástico, vidro, alumínio e metal. 

2º grupo: é formado pelos não recicláveis e resíduos orgânicos, como restos de alimentos, papel higiênico, fraldas, absorventes e outros materiais que não podem ser reaproveitados.

Utilizar lixeiras ou sacolas identificadas por cor ou etiquetas ajuda na separação e evita a contaminação entre os resíduos. Outro passo importante é lavar e secar as embalagens recicláveis antes de descartá-las. Isso evita odores, proliferação de pragas e aumenta as chances de o material ser reaproveitado corretamente pelas cooperativas. 

É fundamental também estar atento aos dias e horários da coleta seletiva na sua cidade. Em locais onde esse serviço ainda não está disponível, os materiais podem ser entregues diretamente em cooperativas de reciclagem ou em pontos de entrega voluntária (PEVs). 

Incluir toda a família no processo torna a prática mais fácil e fortalece a consciência ambiental desde cedo.

Praticar a coleta seletiva não é apenas uma ação ambiental, mas também um ato social. O material reciclável separado corretamente reduz o volume de resíduos destinados aos aterros sanitários, prolonga a vida útil desses espaços, diminui a emissão de gases do efeito estufa e ainda gera trabalho e renda para milhares de catadores e cooperativas em todo o país. 

Além disso, essa atitude contribui para uma cultura de consumo mais consciente e responsável. Ao dar o destino correto ao que descartamos, começamos a repensar o que consumimos, e esse é um dos caminhos mais eficazes para transformar nosso impacto no planeta.

A construção de uma cidade sustentável passa pela participação ativa de seus cidadãos.

Com pequenas mudanças no dia a dia, como a prática da coleta seletiva, é possível fazer parte de um movimento que beneficia o meio ambiente, fortalece a economia circular e promove dignidade para muitas famílias que vivem da reciclagem. Começar é simples, acessível e transformador.